Tenho pensado na Morte rotineiramente. Talvez seja esta a melhor maneira de lidar com ela: como uma visitante incômoda mas inevitável. No entanto, confesso que vivo enamorada. Ela me fascina. Como uma serpente, envolve-me lenta e progressivamente. Me embriaga.
Leio compulsivamente, trabalho, escrevo e... durmo... durmo constantemente.
Minhas pequenas mortes diárias.
A paz que acredito que resida na Morte.
A Morte que reside em cada verso, em cada pausa de meus olhos cansados.
Tenho pensado muito nela.
Posso na verdade dizer que é minha grande companheira, que já temos uma relação quase que de cumplicidade. Parceiras de pecados ainda não cometidos.
Algoz e vítima numa dança alucinada e infinda.
Estocolmo.
Sim, bailamos sindromicamente em Estocolmo.
Quanto ao resto... o que resta?
Enquanto cortejo a Morte, desfilo hesitante pela Vida.
Céres Felski
Céres Felski
Marcadores: Bipolaridades, Céres Felski, Confissões, Devaneios, Divagações, Prosa Poética
1 Comentários:
Ceres ]querida, quero dizer que estive aqui e deixo meu abraço e carinho. beijos, te amo.
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