terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sobre ontem...





Ontem eu morri
Em silêncio.
Deixei que meu coração
Aos poucos
Parasse de apanhar.
Rasguei velhos sonhos.
Esvaziei meus olhos.
Deixei que meu sangue
Escorresse
Pelas mãos pálidas 
Do destino.
Larguei sonhos
Desfeitos
Refeitos
Dilacerados.
A beira do caminho
Restaram farrapos
Que tentavam
Em vão
Cobrir minha´lma
Despida
Inerte
Calada.
Ontem eu morri.
Mas ninguem notou.





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5 Comentários:

Às 1 de novembro de 2016 às 20:20 , Blogger Tanialis disse...

Normalmente ninguem nota, preocupados que estamos, cada um, com a nossa própria morte diária.
Ainda bem que se pode sublimar e transformar dor em poesia... Lindo poema.

 
Às 1 de novembro de 2016 às 20:50 , Blogger Unknown disse...

Tocou muito.

 
Às 1 de novembro de 2016 às 20:51 , Blogger Unknown disse...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
Às 1 de novembro de 2016 às 22:55 , Blogger Céres Felski disse...

Nossa morte diária, nossas pequenas mortes... que fadiga custa-nos a vida! (JG de Araujo Jorge)

 
Às 1 de novembro de 2016 às 22:56 , Blogger Céres Felski disse...

Obrigada, querida! Beijo!

 

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