sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Por trás da escuridão



Mas colher os frutos da terra não me basta
Como não basta ver o sol brilhando
É preciso que chuva caia, e caia forte.
É preciso ter trovão soando.

E a ressaca que o mar alto grita,
Inundando a areia e devorando a terra.
Agitando o sereno, agigantando o dormente.
Pra se sentir mais forte, e se fazer presente.

Dois lados simples de uma mesma moeda
Que ora é fraca e outra hora fere.
Que chora e ri, que se encolhe e bate,
Que adormece e acorda, e sempre se aborrece.

Juro que creio nesta natureza
Que me devora e me consome inteira
Que me adormece capataz dos sonhos
E me recorda que sou prisioneira...

(2013) extraido do livro Por trás da escuridão

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