quinta-feira, 28 de julho de 2016






Tantas estrelas e nuvens
Que nascem no meu arrebol
E tingem o céu de matizes
E filtram raios de sol...
Quantas estrelas mormentes
Desfiam meus véus e meus sóis
Porquanto vivem silentes
Entre meus parcos faróis.
Só eu que vejo e não nego
As promessas que fazem a ti
De darem aconchego e afeto
Enquanto buscas sorrir.


Céres Felski

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quarta-feira, 27 de julho de 2016




Queria morar no universo abstrato
Das vicissitudes que me rodeiam,
No âmago dos destemperos
E das intempéries de me faço...
E nos afagos de versos soltos
Feitos folhetos ao vento esparsos...
Quero ser ninfa brindando a morte,
E acordar nua, entre teus braços!


Céres Felski

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segunda-feira, 18 de julho de 2016




Como te invejo, Poeta,
Que brindas com versos o olhar,
Que crias rimas com alma, 
E acaricias as nuvens 
enquanto te ouço clamar!
Como te invejo, Poeta,
Com tuas mãos a bailar!
E teu sorriso sincero e fácil,
Que derramas ao me fazer sonhar!
Perto de ti, meu Poeta,
Sou apenas aprendiz
Que sonha enquanto viajas,
Nos versos em que me afagas.
Perto de ti, Poeta,
Sou aquela que não mente,
Mas que em pobres rimas tenta
Descrever tudo o sente.

Céres Felski

Ao amigo Poeta Hang Ferrero
Gratidão!!!

https://opontoafinal.wordpress.com/

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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Começo do fim







Ainda me lembro daquele dia. Você abriu  a porta e entrou. Na minha sala, na minha casa, na minha vida. E foi como se sempre tivesse estado ali. Como se você tivesse retornado de uma longa viagem, e ao mesmo tempo como se nunca tivesse saído.
Quando ergui meus olhos e encontrei os teus, eu me rendi. Uma leve tontura marcou a enxurrada de amor que me inundou naquele momento. Eu não sabia que podia existir tanto amor assim... e nem que eu poderia receber...
Tinha pedaços meus espalhados por toda a sala, mas teu carinho foi devagar os unindo, e junto a ti me senti plena, como nunca. Pra quem nunca acreditou em amor a primeira vista, eu me rendi.
Ali, naquele momento, o começo do fim.


Céres Felski

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sábado, 9 de julho de 2016

Sobre bagagens...


Trago olhos cansados presos num horizonte baço.
Perdidos em eventuais descasos,
Vítimas cruéis de amores e... de fracassos...
Trôpegos insistem...
Nômades etéreos...
Trago visões  torcidas de paragens férteis
Onde larguei os sonhos,
e onde colhi saudades.
Vigiante terna,
Viajante austera.


Céres Felski




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