domingo, 27 de novembro de 2016

Solidão...










Eu ainda não acredito  
que você morreu...
Ando pelas ruas
sem rumo, sem nexo...
E vejo tuas vitrines,
o Sol que se refletia nos teus olhos.
Em casa,
esbarro em tuas gargalhadas...
Adormeço no teu abraço
e sonho com teu beijo.
As mensagens no celular,
os teus emails guardados, 
o vídeo de nossa canção...
Tudo isto está muito vivo!
E tudo é muito recente!
Me recuso a acreditar
que você morreu pro meu coração!






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sábado, 19 de novembro de 2016

Lágrimas





Não foram poucas as vezes que chorei.
Rasguei sonhos
Queimei memórias...
Tola!
Achei que assim 
cicatrizaria a ferida.
Chorei calada,
Do silêncio da noite
ao raiar do dia...
Você não viu.
Você nunca vê.
Hoje chorei de novo.
Chorei de saudade.
Porque é preciso 
Viver a dor 
Na sua plenitude.
Agora,
Junto os cacos.
Colo com lembranças.
Se temperei com lágrimas,
Agora sou etérea,
Rumo simples
E certeira
Direto pra eternidade.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Sobre o amanhã...








Tenho me perdido ultimamente
a observar o tempo
O tempo que corre,
que voa.
Que imprime lentamente 
com uma paciência infinita
pequenos sulcos 
em minha pele...
Inexorável
Previsível
As vezes até
Abominável.
Sem cerimônia,
Despe a cor de meus cabelos...
Arranca o brilho 
da pele...
Sem pejo,
tatua no espelho
a idade que não sinto.
Insiste em criar em mim
Um Eu que não reconheço!
Mas, 
obra cruel e irônica,
seduz cada um dos meus passos...
Ri-se de mim!
E choro...
E rio...
Porquanto ainda me apaixono
E  brinco como outrora...
Insisto em permanecer criança!
Se te apetece, 
Desculpa!
Flerto com o tempo
Inconsequente
Enquanto nego
O reflexo 
Da máscara frágil,
Cujo brilho  se espalha...
Eternamente...








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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sobre ontem...





Ontem eu morri
Em silêncio.
Deixei que meu coração
Aos poucos
Parasse de apanhar.
Rasguei velhos sonhos.
Esvaziei meus olhos.
Deixei que meu sangue
Escorresse
Pelas mãos pálidas 
Do destino.
Larguei sonhos
Desfeitos
Refeitos
Dilacerados.
A beira do caminho
Restaram farrapos
Que tentavam
Em vão
Cobrir minha´lma
Despida
Inerte
Calada.
Ontem eu morri.
Mas ninguem notou.





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